Ambulatório
O Ambulatório do HEMOSE, realiza o atendimento e tratamento de pacientes portadores de coagulopatias – alteração na coagulação do sangue. As mais comuns são a hemofilia A e B e doença de von Willebrand. As hemoglobinopatias – doença genética do sangue com alteração na hemoglobina. A mais comum no Estado de Sergipe é a Doença Falciforme.
Portadores de coagulopatias hereditárias – hemofilias A e B, podem buscar tratamento no Hemose. O paciente deve procurar a unidade de atendimento com a documentação necessária, incluindo o encaminhamento do médico que realizou o diagnóstico da doença.
A maioria dos pacientes de coagulopatias hereditárias apresenta deficiência quantitativa ou qualitativa de um dos fatores da coagulação – fator VIII para a hemofilia do tipo A ou fator IX para o tipo B. A deficiência de um desses fatores manifesta-se pela presença de sangramento espontâneo, em situações de trauma ou procedimentos cirúrgicos. O atendimento é realizado por meio de protocolo de tratamento baseado em manuais do Ministério da Saúde e da Federação Mundial de Hemofilia.
Para melhor acompanhamento, os pacientes são, periodicamente, submetidos à avaliação laboratorial, médica, odontológica e fisiátrica. O tratamento baseia-se na reposição do fator de coagulação deficiente, administrado por meio de concentrados liofilizados em cada ocorrência de sangramento.
Esses concentrados são provenientes de vários doadores de sangue e submetidos a processo industrial para tornar inativos certos vírus transmissores de doenças. Eles são disponibilizados pelo Ministério da Saúde a todos os pacientes do país. Informações complementares nas unidades de atendimento.
Em decorrência dessas patologias serem de evolução crônica e das sequelas físicas que podem acarretar, o atendimento requer uma equipe multiprofissional – hematologista,clínico geral e pediatra, fisioterapeutas, assistente social, psicólogo, enfermeira, dentista, farmacêutica, dentre outros.
Horário de funcionamento do Ambulatório:
O paciente só é atendido no ambulatório após ter o seu encaminhamento médico e resultados de exames avaliados pelo médico hematologista da unidade.
O ambulatório, em Aracaju, funciona, de segunda a sexta-feira, de 7h as 17h;
aos sábados, domingos e feriados – Não há funcionamento, nestes dias os pacientes são atendidos no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
O sangue é, basicamente, formado por uma parte líquida (plasma) e por células (hemácias, plaquetas e leucócitos).
O plasma contem proteínas que entre outras ações atuam na defesa do organismo e ajudam a controlar hemorragias, hemácias transportam o oxigênio para todo o organismo, as plaquetas controlam sangramentos e os leucócitos combatem infecções.
A hemorrágia é a especialidade médica que estuda as doenças que envolvem o sistema hematopoético, ou seja, tecidos e órgãos responsáveis pela proliferação, maturação e destruição das células do sangue – hemácias, leucócitos e plaquetas. A hematologia também estuda os distúrbios de coagulação que envolvem substâncias contidas no plasma.
Tipos de tratamentos
>Coagulopatias
- Hemofilias, outras coagulopatias hereditárias.
O paciente cadastrado realiza consultas de diagnóstico, acompanhamento multdisciplinar, profilaxias e tratamento das complicações e reposição dos fatores de coagulação. O tratamento é baseado na reposição do fator de coagulação deficiente, administrado através dos concentrados liofilizados em cada ocorrência de sangramento. Esses concentrados são provenientes de vários doadores de sangue e submetidos a processo industrial para tornar inativos certos vírus transmissores de doenças. Eles são disponibilizados pela União a todos os pacientes do país.
>Hemoglobinopatias
- Doença Falciforme
- Talassemias
- Outras hemoglobinopatias
O paciente cadastrado realiza consultas de infectologia; Consultas ao doador inapto temporário (com anemia); Transfusões ambulatoriais, além de acompanhamento multidisciplinar.
- Doação de Sangue
- Cadastro de Medula Óssea
- Captação de Doadores
- Hemorede
- Laboratórios
- Qualidade e Biossegurança
- Resíduos
Como ocorre o processo de coleta?
01 - Cadastro - Dados de indentificação do doador, endereços para contato. Também são prestadas orientações e esclarecimentos, sobre o procedimento.
02 - Pré-triagem - Verificação de pressão arterial, temperatura, pulso, peso, dosagem de hemoglobina(teste de anemia).
03 - Triagem Clínica Entrevista sigilosa com o candidato. Nesse momento é verificado se existe alguma contra-indicação à doação, protegendo asim o candidato e paciente que receberá o sangue. Para isso, é fundamental que as informações prestadas sejam verdadeiras.
04 - Coleta - Procedimento realizado por profissionais treinados e dentro de padrões técnicos constantemente revistos, para maior conforto e segurança na doação, todo o material utilizado é individual e descartável.
05 - Lanche - Após a doação é aconselhável fazer um lanche, que visa iniciar a reposição do volume sanguíneo retirado, bem como permitir a observação do doador após a coleta por um período, diminuindo as chances de reações à doação.
Cuidados após a doação de sangue:
-Descanse e tome líquidos;
-Permaneça por pelo menos 15 minutos no hemocentro;
-Não fume por pelo menos 2 horas após a doação de sangue;
-Não ingerir bebidaas alcoólicas por pelo menos 2 horas;
-Não carregar peso ou fazer força com o braço em que foi feita a doação, não praticar esportes, não fazer esforços físicos ou não realizar atividades de risco (mergulhos, pilotar avião, alpinismo e outras);
-Não molhar o curativo por aproximadamente 4 horas;
-Se após a saída do local de doação você apresentar alguma reação e necessitar de atendimento médico, procure o nosso serviço (até às 17h) ou um Pronto Socorro mais próximo de você;
-Se tiver problemas como o aparecimento de mancha roxa, ou dor contínua no braço em que fez a doação, procure atendimento médico em local próximo a você;
O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.
Como é feita a doação?
O doador voluntário vai até o Hemose, preenche um formulário com dados pessoais. Em seguida é coletada uma amostra de sangue. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. As informações são encaminhadas para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
O procedimento inicia com o preenchimento de uma ficha com informações pessoais. Em seguida é retirada por sua veia 10 ml de sangue.
O sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório que serve para identificar as características genéticas que podem influenciar no transplante. O tipo de HLA será incluído no cadastro.
Após a conclusão do processo de identificação os dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se o candidato for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.
No caso da compatibilidade ser confirmada, o candidato será consultado para confirmar se deseja realizar a doação. O atual estado de saúde será avaliado.
A doação da medula óssea é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.
Importante
O candidato a doador de medula óssea deve manter o cadastro sempre atualizado. Caso haja alguma mudança, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME: (21) 3970-4100.
O Núcleo de Serviço Social do Hemose é responsável pela captação de doadores voluntários. Através desse serviço são realizadas palestras educativas e esclarecedoras sobre os procedimentos necessários para a doação de sangue.
No serviço de captação são solicitados agendamentos de doadores por telefone para o período vespertino nos horários das 13h30 às 16h30; Convocação de doadores por telefone e/ou e-mail; Palestras sobre a importância da doação de sangue e medula óssea, Solicitações de grupos para doação de sangue, entre outros.
Doador do Futuro
Criado em novembro de 2010, o Programa Doador do Futuro, é direcionado para jovens e adolescentes, e tem como proposta levar informações sócio-educacionais, sobre a importância da doação de sangue, diretamente nas escolas.
O trabalho é desenvolvido pela equipe do Serviço Social do HEMOSE, que percorre as escolas de Ensino Fundamental e Médio, da rede pública e particular do Estado. Na ocasião, são realizadas palestras informativas e educativas, com apresentação de cartazes que contam a história de pessoas salvas, através da doação de sangue.
Para agendar doações, palestras ou participar do programa Doador do Futuro, favor entrar em contato com os telefones:
- Serviço Social
(79) 3259-3174
(79) 3259-3191
A Hemorrede do HEMOSE realiza um conjunto de Serviços de Hemoterapia e Hematologia, organizados de forma hierarquizada e regionalizada, de acordo com o nível de complexidade das funções que desempenham e área de abrangência para assistência. A rede de Hemoterapia é composta por 01 Hemocentro Coordenador e 04 Agências Transfusionais.
- HEMOCENTRO COORDENADOR - HC: é o HEMOSE. Entidade de âmbito central, de natureza pública, referência do Estado de Sergipe, na área de Hemoterapia e Hematologia com a finalidade de prestar assistência e apoio hemoterápico e hematológico à rede de serviços de saúde.
- AGÊNCIA TRANSFUSIONAL - AT: localização preferencialmente intra-hospitalar, com a função de armazenar, realizar testes de compatibilidade entre doador e receptor e transfundir os hemocomponentes liberados. O suprimento de sangue a estas agências são realizdos pelos Serviços de Hemoterapia de maior complexidade.
Sorologia
O laboratório de Sorologia pesquisa a presença de anticorpos contra as doenças: Sífilis, Chagas, Hepatite B, Hepatite C, AIDS e HTLVI/II, através de reações imunológicas denominadas Teste Sorológicos.
Imunohematologia do Doador
Realiza a classificação primária hematológica das amostras coletadas junto com a bolsa de sangue. O processo é responsavel pela definição do tipo sanguineo - A, O, B e AB e do fator que pode ser Rh positivo ou negativo.
Imunohematologia do Receptor
Realiza os testes pré-transfusionais e de compatibilidade de acordo com a RDC 57, além de outros testes imunohematológicos complementares, que través dos seus resultados, fornece subsídios necessários para o estudo da patogênese, diagnóstico, prevenção e conduta em situações de aloimunizações associada à transfusão, gestação e transplante de órgãos.
O LIR, também executa supervisão técnica das solicitações médicas, juntamente com o médico hematologista da instituição, para a melhor avaliação da indicação do hemocomponente e para ajudá-lo às necessidades específicas de determinados pacientes.
>Testes pré-transfusionais:
-Determinação de classificação sanguínea do receptor;
-Pesquisa de anticorpos irregulares e autocontrole – PAI;
-Reclassificação das bolsas de concentrado de hemácias;
-Compatibilidade – Prova cruzada maior.
Produção | Dispensação
Na produção o sangue total coletado é separado e processado em diferentes hemocomponentes como: concentrado de hemácias, plasma, concentrado de plaquetas e crioprecipitado.
Os hemocomponentes permanecem em “quarentena” aguardando a liberação dos resultados dos exames, isto é, cerca de 24 a 48 horas. Só depois são disponibilizados para serem transfundidos.
Após a comprovação da qualidade, os componentes sangüíneos recebem etiquetas de liberação e identificação. São estocados adequadamente de acordo com sua classificação e prazo de validade, para serem distribuídos aos hospitais conveniados.
Instrodução
Dirigir e operar uma organização com sucesso requer que sua gestão seja feita de forma sistemática e transparente. Convém que o sucesso seja resultante da implementação e manutenção de um sistema de gestão projetado para melhorar continuamente a eficácia e eficiência do desempenho da organização mediante a consideração das necessidades das partes interessadas. A gestão de uma organização inclui, entre outras modalidades, a GESTÃO DA QUALIDADE.
O Sistema de Gestão de Qualidade - SGQ é o conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos que envolvem procedimentos, processos e recursos, necessários para estabelecer a política e objetivos, que vão dirigir e controlar a instituição no que diz respeito à qualidade. Os benefícios de um SGQ, podem ser facilmente percebidos se um sistema eficaz tiver sido implantado visando a sua adequação aos objetivos e metas da organização. Dentre eles, cita-se:
-Confiabilidade;
-Reconhecimento da comunidade e de seus pares;
-Evita erros e repetições de trabalho;
-Facilita rastreabilidade dos dados;
-Facilita a organização de trabalho e a comunicação dos dados obtidos;
-Satisfação dos usuários aumentada;
-Maior eficiência como resultado do foco na prevenção e não na correção;
-Melhoria do estado de espírito e motivação dos colaboradores, que podem trabalhar de maneira mais eficiente, tanto pela definição e controle dos processos de trabalho, quanto pelo investimento em capacitação.
O PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE - PGRSSS
O Programa de Gerenciamento da FSPH, constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados, a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais.
Tem como objetivo minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. O gerenciamento deve abranger o planejamento de recursos físicos, recursos materiais e a capacitação de recursos humanos envolvidos no manejo dos resíduos de saúde.
Os resíduos podem ser classificados em:
1 - Domiciliares: originados da rotina diária das residências;
2 - Comerciais: originado das diversas atividades comerciais e de serviços;
3 - Público: originados dos serviços de limpeza pública urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas;
4 - De serviços de saúde e hospitalar: constituem os resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou potencialmente podem conter germes patogênicos;
5 - Industrial: aquele originado nas atividades dos diversos ramos da indústria como metalúrgica, petroquímica, papeleira, alimentícia, etc.
De acordo com o CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA, os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são:
- aqueles provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal;
- aqueles provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde;
- medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados;
- aqueles provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal;
- aqueles provenientes de barreiras sanitárias.
O gerenciamento inadequado de tais resíduos pode resultar em riscos indesejáveis às comunidades, constituindo-se, ao mesmo tempo, em problema de saúde pública e fator de degradações do meio ambiente, além é claro dos aspectos social, estético, econômico e administrativo envolvidos.